Luanda

terça-feira, 19 de maio de 2009

Os portugueses vão conquistando o seu espaço em Angola na era da globalização.

Os traumas do passado vão ficando distantes e a interacção das suas economias, e a movimentação de pessoas e bens entre Lisboa e Luanda é cada vez mais real.

Resumindo, as agulhas entre os dois países parecem apontar para o mesmo sentido, que passam pelas vantagens mútuas na relação dos dois povos e países.

A visita de José Eduardo dos Santos a Portugal não foi por acaso, e demonstra isso mesmo, sabendo-se que o presidente angolano raramente faz visitas de Estado, quando não há motivos reais e objectivos que o justifiquem.

Mas também não escrevo isto para dissecar o que se passa entre os dois países, até porque não tenho os dados do que se passa em toda a sua profundidade.

Mas observo como cidadão alguns aspectos mais ligeiros e as reacções da impressa e dos angolanos, a algumas questões.

Por exemplo, na área do desporto.

No basquetebol, a modalidade rainha no país, a federação angolana vai nomear o português Luís Magalhães, treinador da equipa do 1º de Agosto, como seleccionador nacional. Vi na TV Zimbo, o primeiro canal privado de Angola, os adeptos a dizerem que a medida é a mais acertado, e que Magalhães merece estar à frente dos destinos do cinco nacional, pois é reconhecido como um técnico altamente competente.

O Manuel José é o novo treinador da selecção de futebol, e logo quando o Campeonato Africano de Futebol se disputa em Janeiro de 2010 em Angola, e parece todo mundo de acordo que foi a melhor escolha.

No Andebol também foram contratar um português para comandar o destino da selecção.

Estas são as modalidades desportivas mais emblemáticas do país, juntamente com o hóquei em patins.

A marginal de Luanda está a ser requalificada, e estamos a falar do cartão de visita da capital e do país, e foi a Mota-Engil em consórcio com outra construtora portuguesa que ganharam o concurso entre 13 concorrentes para a obra, e lá apareceu sorridente o ex político Jorge Coelhone a dizer que a empresa que preside, não vai defraudar os angolanos e que a obra vai ser feita dentro dos prazos e com a qualidade que se exige. Estamos a falar de qualquer coisa como 123 milhoes de euros.

Estes 4 casos, não são o mais importante nas relações entre os 2 países, pois está muito longe de o ser certamente, mas há aspectos que reflectem alguma coisa.
E uma delas, no meu ver, é que entre angolanos e portugueses as coisas vão rolando, sem a velha conversa e complexos de colonizadores e colonizados.
E ainda bem.

kandandus

quinta-feira, 14 de maio de 2009