Luanda

sábado, 4 de abril de 2009

4 de Abril


Hoje faz sete anos que esta terra entrou nos caminhos da paz.

As contas dizem-nos que foram 41 anos de tiros (1961/2002)

Durante esse período houve várias guerras com motivações diferentes.

A primeira, foi resultado de em Lisboa haver um atrasado mental que nasceu em Santa Comba Dão, que andou a brincar aos Impérios. Os angolanos bem tentarem falar da autodeterminação e independência para a sua terra, mas bateram sempre com a irredutibilidade e os delírios do atrasado mental, mesmo depois de os indianos lhe terem apagado do Império, Goa, Damão e Dio, ele desconseguiu de aprender a lição.

Então veio 1961.
Os angolanos cansados de pacificamente tentarem abordar a questão da autonomia e independência não tiveram outra alternativa. Pegaram em catanas e 14 anos depois alcançaram o seu objectivo.
De pouco serviu ao atraso mental gritar, para Angola e em força.

Mas a guerra continuou.
Seriam mais 27 anos.

Agora iriam tratar-se de outras guerras e a maioria dos angolanos foi defraudada do sonho de terem finalmente uma terra em paz e próspera, conduzida pelos seus filhos em 1975.

Os três movimentos nacionalistas cada um com a sua agenda, e altamente influenciados por interesses externos que pouco tinha haver com aquilo que era o desejo dos angolanos, mergulham esta terra num inferno de destruição.

Esta pátria virou um imenso campo de batalha entre irmãos e parecia uma auto-estrada de exércitos regulares estrangeiros e grupos de mercenários de todo mundo.
Angola virou refém da política e de interesses externos. Para mim, culpa do atrasado do Salazar, que se tivesse dois dedos de inteligência não andava a brincar aos impérios e tinha feito a descolonização na década de 60, mas isso é outra conversa.

A guerra de 1975 foi o início do caminho para inferno, que teve várias etapas.
A FNLA ficou pelo caminho nesta etapa. Os representantes da guerra-fria ficou-se pelo MPLA a governar, apoiado pelos comunistas e a Unita eram os boys do outro lado, os que se intitulavam o Mundo Livre, Bull Shits.

De um lado gritava-se abaixo os lacaios do imperialismo e do outro abaixo a ditadura comunista. Eram a vozes dos donos do mundo. Não era a voz do povo angolano, que clamava era por pão, trabalho, saúde e escola.

Um dos donos do mundo entrou em colapso e caiu o muro de Berlim.

Aqui falou-se de paz. E até houve eleições.
Mas o pseudo libertador da pátria contra os comunistas, o que faz agora tijolo num cemitério qualquer de uma vila do país, resolveu dizer que tinha havido fraude eleitoral.

Encorajado pelos mesmos de sempre, os ditos países do Mundo Livre, voltou a mergulhar a terra, que ainda sangrava da primeira etapa destrutiva, numa loucura de violência ainda pior que a vivida de 1975 a finais de 1992.

Mais uma vez a este povo lhes foi servido o mesmo de sempre, e voltou a sofrer na carne e na alma os horrores da guerra.
Tempos difíceis. Foram mais longos dez anos.

O que faz tijolo, ameaçava que ia partir a espinha de todo mundo. E muitos espalhados pelo mundo batiam palmas.
Afinal ele é que partiu para o quinto dos infernos. E já foi atrasado.

No dia 4 de Abril de 2002 a razão chegou.

Sete anos de paz.
A guerra agora é ver se os que ganharam as eleições vão acabar com a miséria e o atraso que este país virou.
O benefício da dúvida foi-lhes caucionado com uma vitória eleitoral retumbante o ano passado.

Viva a PAZ. E já agora a democracia.

kandandus

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